CDN completa 20 anos com faturamento superior R$ 40 milhões em 2007

Miriam Abreu


 


Há 20 anos, quando investir em comunicação ainda era uma dúvida cruel para empresas e até mesmo para governos, João Rodarte decidiu apostar e criou a Companhia de Notícias. No início, o trabalho focava em assessoria de imprensa. Mas o criador e presidente da agência percebeu que podia ampliar o leque de serviços. Hoje, além de comemorar os 20 anos da CDN com o terceiro Prêmio Comunique-se – Agência de Comunicação, que fez dela a primeira da área a entrar na Galeria Mestres do Jornalismo, festeja o faturamento de 2007, de mais de R$ 40 milhões. A cima, a equipe CDN.


Rodarte, presidente da agência, confessa que ao abrir a CDN não tinha noção exata do que iria fazer. Sabia que queria trabalhar com a imagem de empresas, mas o foco ainda não estava definido.


Aos poucos a empresa começou a crescer. As contratações foram uma conseqüência. A primeira metade de vida da agência foi totalmente dedicada à assessoria de imprensa.


Até que, há oito anos, Yara Peres, vice-presidente, tornou-se sócia. “Foi nossa primeira parceria nessa trajetória”, lembra Rodarte.


As empresas de Relações Públicas tomaram um impulso a partir de 2000. Foi nessa época também que a CDN passou a se voltar para as multinacionais. “Procuramos desenvolver um modelo de empresa lá de fora, que não atende só serviços com a mídia, mas serviços gerais de comunicação”.


Aos poucos a CDN foi desenvolvendo os serviços. Tornou-se o Grupo CDN, formado por sete empresas: CDN Comunicação Corporativa, CDN Estudos e Pesquisas, CDN Incentiva, CDN Interativa, CDN Publicidade, CDN Eventos, CDN Vídeos, cada uma com uma particularidade. A CDN Incentiva, por exemplo, cuida da fidelização de clientes, promoção, incentivo de vendas. “Esse foi um desenvolvimento natural, tornou-se sustentável, lucrativo e facilitou a organização, a abertura de possibilidades e novas oportunidades”.


Rodarte explica que as sete empresas têm suas salas, mas o trabalho é conjunto. “Fazemos reuniões junto com diretores e pensamos em todos os clientes. Temos experiência de dez anos e posso dizer que é muito difícil fazer isso, mas é um diferencial importante”


Mais investimentos em Comunicação
Há ainda empresas resistentes quando se trata de investimento em comunicação. “O Grupo Votorantim, por exemplo, está investindo na área do ano passado para cá. Trabalhamos um pouco para eles, que têm uma imagem importante para o País”.


Rodarte acredita que essa resistência deve-se ao perfil objetivo do empresário em relação a recursos. “Ele aposta primeiro no que dá mais retorno. Mas está vendo que é necessário também investir em comunicação. Não basta só ter um bom produto. A empresa precisa ser querida, ter o respeito da sociedade e dos outros públicos. Isso hoje é uma necessidade”.


Mas as empresas também estão conscientes de que o consumidor antes era mais passivo. A medida que começou a reclamar, a interagir, isso mudou de figura. “A web tem um papel importantíssimo para essa conscientização. O consumidor novo é mais exigente e as empresas perceberam isso e sabem que têm que ter uma boa imagem e ser responsável socialmente”.


Até mesmo o governo passou a realizar processos de licitação na área de comunicação há pouco tempo. A CDN resolveu participar deles quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência. João Rodarte não se sentia confortável de oferecer os serviços da agência durante o governo de FHC porque trabalhou com ele quando o ex-presidente foi senador. “No nosso mercado, não vale só ser ético, você precisa parecer ético. Ser amigo do governante era difícil. Optamos por investir mais agora. Estamos indo bem. O governo atual tem aberto portas cada vez maiores para o trabalho de nossas empresas”.


Clientes
São mais de 212 clientes, atendidos nas principais cidades do País. Rio e Brasília possuem escritórios grandes e há outros menores em diferentes lugares. A sede fica em São Paulo. E a CDN optou por realizar parcerias no mundo inteiro. Sobre a Fleishman-Hillard (do grupo Omnicom, uma das principais empresas de Public Relations do mundo), Rodarte avisa: “estamos noivos. Não temos negócio de compra e venda ainda. Até recentemente eles faziam força para negociar e achávamos que não era o momento. Pode ser que no futuro isso aconteça”. A aliança estratégica foi firmada em 2002.


Reconhecimento e prêmios
Quando se abre a
página da CDN na internet logo aparece o Prêmio Comunique-se 2007 e a menção à Galeria Mestres do Jornalismo – a agência ganhou por três anos consecutivos em que esteve habilitada para concorrer na categoria Agência de Comunicação. “O Prêmio C-se é voto aberto e há uma quantidade enorme de colegas votando na gente. É uma honra. Sempre que a gente se apresenta ao cliente menciona o Prêmio C-se e a CDN como a melhor agência do País. Ganhamos e ninguém vai nos tirá-lo. É uma marca. Também temos o Prêmio Aberje, outro importante reconhecimento porque é o cliente nos premiando”, comemora.


Faturamento
O faturamento da agência este ano vai passar dos R$ 40 milhões. No ano passado, foram mais de R$ 33 milhões. A empresa, segundo o presidente, tem crescido de 15 a 20% todo ano.


Em 2008, a direção da CDN planeja continuar ampliando as atividades. “Modestamente estamos tentando construir uma empresa completa. Vamos continuar a conversar com parceiros. Pode haver fusões, associações e ampliação do nosso modelo de negócios”, finaliza. 


 


Fonte: Informativo Comunique-se


FONTE: Comunique-se

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