GTCI Abracom
Convidamos Eduardo de Natale, Diretor de Insights e Estratégia Digital na Ágora, para conduzir o bate-papo sobre influência interna com o GTCI da Abracom. Isso aconteceu na manhã do dia 27 de junho, com a presença de 22 profissionais de agências associadas à entidade.
Para Eduardo, intrainfluenciadores são profissionais altamente engajados que exercem uma influência significativa sobre seus colegas de trabalho e seguidores nas redes sociais corporativas. Eles têm o poder de destacar as iniciativas da organização em que atuam.
Se isso é verdade, nos perguntamos:
Como podemos trabalhar com os intrainfluenciadores?
Quais estratégias podemos adotar para que os colaboradores se tornem multiplicadores das mensagens corporativas?
As respostas foram muitas. Conheça parte delas neste conteúdo organizado pelos membros do GTCI.
Para Eduardo, tudo começa pelo objetivo de se estimular uma rede de influência interna. Definindo qual papel essa rede terá, fica mais fácil conduzi-la e fazer a curadoria das conversas. A “receita” para se capacitar embaixadores internos não é nova. A mudança está na mentalidade de expandirmos o conceito de estrutura física, de representantes de áreas para trabalhar a influência. Hoje a influência ocorre de maneira orgânica, porque as redes sociais formam comunidades que extrapolam a divisão hierárquica da empresa.
Há uma linha tênue entre a orientação e o controle sobre a influência interna. O processo de comunicação interna não deve tirar a naturalidade das pessoas na hora de se comunicarem. É sempre algo sensível. O direcional não pode ser impositivo. Precisa guiar, inspirar, atrair, motivar e engajar. Mostrar o senso coletivo e de dono, por meio da liberdade de expressão, mas com responsabilidade sobre a imagem da marca.
O LinkedIn é uma rede que nos ensina muito. Por ser uma vitrine profissional, os colaboradores expõem conteúdo sobre a empresa de forma corporativa, como representantes daquela marca. Talvez seja um caminho do que se espera da influência interna, sem misturar com fatos e fotos pessoais que não têm relevância para o ambiente corporativo.
A questão da cultura organizacional e de, a partir dela, orientar sobre o tom das postagens em rede, também é um dos fundamentos para a boa influência. Ela amplifica a reputação da marca e traz a experiência das pessoas que trabalham com ela.
As políticas de comunicação devem prever a influência e conter orientações sobre como exercê-la. E a inteligência de dados, por meio do People Analytics, pode fornecer informações riquíssimas sobre o perfil dos colaboradores que mais se encaixam nessa responsabilidade.
Ser influenciador interno é ser porta-voz do sentimento de pertencimento. Faz parte do branding da marca. Ao final, o GTCI ponderou que a espontaneidade é um valor, uma vez que respeite o ambiente da comunicação interna.
Antes de mapear, construir uma jornada
A gente fala muito de como mapear influenciadores internos nas empresas. No digital, já há ferramentas para ajudar a mapear e traçar o perfil comportamental das pessoas. E no mundo offline, sempre mais desafiador, é preciso conversas com o RH, gerentes de área e muita observação para conseguirmos mapear as pessoas que já têm um comportamento de influenciador nato no dia a dia da corporação.
Mas antes de mapear, é importante refletir sobre como um colaborador ou colaboradora pode se tornar um influenciador ou influenciadora da marca. Não é uma coisa do dia pra noite, porque eu só consigo influenciar de verdade quando estou comprometido com a empresa onde trabalho, quando acredito na proposta de valor, vivencio e confio nas ações e projetos legítimos que materializam esses valores, num ambiente onde me sinta valorizado e incluído de verdade. Aí sim vou me tornar um influenciador da empresa, ou mais do que isso, um defensor da marca empregadora, numa jornada de construção e de compartilhamento de valores entre empregador e empregado.
Juntamente com todas essas ações da empresa, claro que é importante estabelecer um programa de influenciadores internos para valorizar ainda mais essas pessoas, orientar sobre o uso das redes (porque sempre há riscos), dar informações em primeira mão, convites para eventos e ações para potencializar o seu papel, mas sem imposições que gerem engessamento, perda da naturalidade ou perda do seu sentido enquanto influenciador ou influenciadora.
As agências de comunicação estão cada vez mais aptas para ajudar na construção dessa jornada com as marcas, desde o diagnóstico e planejamento até a execução de planos de ação que respeitem o caráter orgânico, a forma de se expressar de cada influenciador e influenciadora, mensurando os resultados para que a área de Comunicação Interna possa mostrar cada vez mais seu papel estratégico no negócio.
É um trabalho personalizado, que alia a reputação do indivíduo à reputação da empresa e gera resultados positivos para ambos, num conceito ganha-ganha verdadeiro e legítimo.
Este conteúdo foi redigido a quatro mãos pelas agências: Cucas Conteúdo e Duecom Comunicação.