Para Sonia Favaretto, “sustentabilidade não é abraçar árvore e nem beijar criancinha”

Diretora da BM&FBovespa abriu série Encontros de Comunicação Corporativa da Abracom

 A diretoria de sustentabilidade da BM&FBovespa abriu temporada 2011 da série Encontros de Comunicação Corporativa da Abracom. O evento foi realizado no auditório do Centro Brasileiro Britânico no último dia 16 de junho e teve mais de 70 profissionais de comunicação corporativa de empresas, agências e governos na platéia. A série é patrocinada pela PR Newswire e chega ao seu oitavo ano, com mais de 20 encontros já realizados.

Na palestra, Sonia Favaretto falou sobre o conceito de sustentabilidade empresarial, mostrando como grandes eventos climáticos e acidentes em plantas industriais, ao longo dos anos 70 e 80, chamaram a atenção das empresas, governos e das organizações sociais para o tema da responsabilidade empresarial.

Ela destacou os prejuízos causados pelo Furacão Katrina, em Nova Orleans, no ano de 2007, lembrando que as seguradoras pagaram mais indenizações por conta desse evento do que nos atentados de setembro de 2001. “Fatos como esses, além de vazamentos como o de Chernobyl, obrigaram as empresas a repensar seus modelos de negócio”, disse Favaretto.

Para a diretoria da BM&FBovespa, o Brasil tem grande destaque no cenário mundial da sustentabilidade, por conta de sua crescente relevância na economia do planeta. “Mas precisamos fazer a lição de casa. Somos a bola da vez e temos de mostrar que estamos levando o jogo a sério. Uma ótima oportunidade para isso será a conferência Rio + 20, em 2012, desde que ela tenha resultados efetivos”, afirmou.

Sonia lembrou que sustentabilidade “não é abraçar árvores ou beijar criancinhas. Sustentabilidade existe quando se implanta  Triple Bottom Line, que consiste na expansão do modelo de negócios tradicional, que só considerava fatores econômicos na avaliação de uma empresa, para um novo modelo que passa a considerar a performance ambiental e social da companhia, além da financeira”, disse, citando John Elkington, autor de “Canibais com Garfo e Faca.

 E para que a sustentabilidade não caia em um discurso vazio, a palestrante destacou a nova resolução do Conar – Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária, que exige das empresas a comprovação de que realmente investem em sustentabilidade e a praticam. “É uma medida que afeta diretamente a propaganda, mas que tem reflexos em toda a comunicação”, disse.

 O papel do comunicador nas empresas, para Favaretto, fica mais relevante, porque na adoção da cultura da sustentabilidade “a comunicação tem de estar presente em todos os processos. É um ótimo momento para agências e profissionais de comunicação e uma grande oportunidade de trabalho em uma área de suma importância para as empresas, para a sociedade e para o planeta”, disse.

Na apresentação, a diretoria de sustentabilidade da BM&FBovespa também falou sobre as formas de mensurar sustentabilidade nas empresas, como os relatórios GRI. E mostrou a preocupação de fundos internacionais de investidores, que hoje são signatários do PRI – Princípios para o Investimento Responsável, documento da ONU que aponta critérios para que recursos financeiros sejam investidos em negócios socialmente e ambientalmente responsáveis.

 A platéia pode conhecer o trabalho da BM&FBovespa na área de sustentabilidade, que tem como missão “induzir, promover e praticar os conceitos e ações de responsabilidade econômica, social e ambiental visando colaborar para o desenvolvimento sustentável”. Este é um trabalho da bolsa, não apenas com as empresas que tem atualmente o capital aberto, mas que pretende ser também uma referência para todo o mercado.

Para conhecer a apresentação feita por Sonia Favaretto na palestra da série Encontros de Comunicação Corporativa, clique aqui.

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