Porta Vozes do Planejamento

Estudo mostra que, além de assessoria de imprensa e relações públicas, agências de comunicação auxiliam clientes na elaboração de estratégias.    

    

A assessoria de imprensa continua como carro-chefe das agências de comunicação, mas a diversidade de serviços oferecidos, com destaque para o planejamento, retrata a evolução das empresas do setor, que deixaram de ser apenas prestadoras de serviços de assessoria de imprensa para se tornar agências de comunicação empresarial e de relações públicas. Esta foi uma das constatações do relatório de pesquisa Mercado de Comunicação Corporativa no Brasil 2004, apresentado pela Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom).    

    

Os dados do estudo apontam que 95% da amostra oferece serviços de assessoria de imprensa, seguida por planejamento (91%), comunicação interna (88%) e gerenciamento de crise (87%). ?As agências de comunicação deixaram de vender ferramentas para vender estratégias, num trabalho mais inteligente, baseado no planejamento estratégico, no qual dão diagnóstico sobre a necessidade do cliente, que nem sempre é a assessoria de imprensa?, afirma Gisele Lorenzetti, diretora de capacitação profissional da Abracom e diretora executiva da LVBA Comunicação.    

    

O estudo foi realizado no mês de abril através da pesquisa eletrônica Termômetro Comunique-se. Um questionário foi enviado a 1.602 agências de comunicação e respondido por 185 delas. Os resultados foram comparados com dados obtidos na edição passada do estudo e com a Pesquisa EP ? Escritório de Pesquisa Eugênia Paesani, na qual foram entrevistadas 74 associadas da Abracom.    

    

Outro lado interessante refere-se à renda bruta das companhias que atuaram no setor em 2003: 78% das empresas auferiram até R$ 500 mil, contra 30% na pesquisa do ano anterior. Segundo Gisele, isso se explica pela baixa nos honorários em função do ano recessivo e pelo movimento de entrada de agências menores no mercado. Isso se confirma com a diminuição dos fees mensais médios, com concentração de 48% na faixa de até R$ 3 mil, contra 37% na edição anterior do estudo.    

    

Em relação aos setores da economia mais atendidos pelas agências sondadas, os destaques positivos ficaram por conta da presença da educação em sexto lugar, seguida pelo Terceiro Setor. Já os serviços públicos aparecem apenas na décima terceira posição. ?A educação é um setor que acordou para o marketing e está contratando serviços de comunicação, enquanto o Terceiro Setor, que vive da transparência, tomou consciência de que não dá para continuar sua missão sem o auxílio da comunicação. Já nos serviços públicos, que têm um grande potencial de trabalho, não existe a cultura de contratar agências de comunicação para complementas as atividades da propaganda?, conclui Gisele.
FONTE: Meio&Mensagem

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