6º Congresso: o novo perfil do assessor

Para apresentar o tema ?Rumo ao alto escalão – Como e por que a Comunicação Corporativa está ganhando prestígio e espaço junto às grandes organizações brasileiras?, Renato Gasparetto Jr., 23 anos de experiência em comunicação empresarial, fez uma retrospectiva até a criação da ABERJE (Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais Empresariais), em 1967, quando a comunicação empresarial era sinônimo de publicações, fossem elas internas ou externas. 

 

Mais tarde, na década de 80, foi o período da revolução. ?Nessa época já se podia falar em liberdade de imprensa, a nova Constituição abria espaço para um novo relacionamento com a sociedade, a comunicação interna ganhava importância e a assessoria de imprensa começava a romper preconceitos?, lembrou Gasparetto, que apresentou o case da Rhodia como o paradigma da década: ?Em 1981, eles deram seis  

entrevistas; em 1988, foram 415.  

 

Já os anos 90 representaram a época da reengenharia. As empresas começaram a perceber que não dava mais para ter departamentos grandes de Recursos Humanos, muito menos de Comunicação. Houve o downsizing, a terceirização de funções de apoio e a manutenção das funções estratégicas. ?Resultado: vivemos o boom das assessorias de comunicação, muito mais em quantidade do que em qualidade?, comentou Gasparetto. 

 

Já nos dias de hoje, continuou o palestrante, pode-se notar uma grande mudança no mercado. As empresas estão mais exigentes, ou seja, a demanda é mais sofisticada, o custo deve ser o menor possível e elas querem áreas de comunicação próprias porém reduzidas. Por outro lado, as agências de comunicação dispõem de mão-de-obra intensiva e trabalham com atividades que vão além da assessoria. 

 

Gasparetto percorreu todo esse caminho para falar sobre o novo perfil do profissional de assessoria de comunicação. ?Ele deixou de atuar no plano tático para exercer o papel de estrategista. Trata-se do profissional que cuida da reputação da empresa?, conceitua. Vice-presidente do Conselho Deliberativo da ABERJE, diretor de Relações Institucionais do Grupo Telefônica e professor da ESPM, Gasparetto listou os pré-requisitos do profissional de comunicação empresarial nos dias de hoje, que, em suma, precisa ser bem preparado para despertar demanda da organização e ter ?faro?para buscar oportunidades de inserção da empresa no novo contexto social. 

 

Segundo Gasparetto, os pré-requisitos são: 

 

1. Ter visão estratégica do negócio e de sua atividade. 

2. Possuir amplo network junto ao núcleo de pressão da sociedade. 

3. Ter formação profissional básica já não é mais tão importante. 

4. Ser excelente negociador. 

5. Ter capacidade pessoal para ser interlocutor da própria empresa. 

6. Ter extremos bom senso e equilíbrio. 

7. Dispor de transparência, lealdade e ética.
FONTE: Comuniquese

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