O ano de 2022 começou aquecido para as agências de comunicação corporativa. Segundo o Monitor de Mercado Abracom, no primeiro trimestre do ano 56,1% das empresas registraram crescimento de faturamento, enquanto 26,88% tiveram receitas iguais ao trimestre anterior e 17,1% fecharam o período com queda. Apesar da manutenção do crescimento, em comparação com o trimestre anterior, o percentual de empresas com queda no faturamento quase dobrou no período, deixando o mercado em alerta.
A pesquisa da Abracom foi respondida por 41 agências, com forte concentração em São Paulo, com 56,1% das respostas, outros 19,5% em Minas Gerais e das demais espalhadas por Pernambuco, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí e Espírito Santo.
Entre as agências que registraram crescimento, 34,6% viram seu faturamento aumentar acima de 15%, revelando aumento significativo de receitas em um curto período, outras 30,8% cresceram até 5% e as demais registraram aumentos entre 5% e 15%.
Já para as empresas que registraram diminuição de receitas, 62,% indicaram queda de até 5%. A lucratividade foi maior para 34,1%, enquanto 41,5% ficaram estáveis e 24,4% tiveram perdas. 60% das empresas indicaram crescimento de até 10% no lucro durante o trimestre e 55% informaram que a queda de rentabilidade ficou, em média, entre 5 e 15%.
Depois de 4 trimestres com crescimento nas equipes de trabalho, o primeiro período de 2022 mostrou estabilidade no número de profissionais das agências em 56,1%, enquanto 43,9% aumentaram a equipe. Nenhuma agência reportou diminuição no time, mostrando que o mercado de trabalho no setor continua aquecido, embora em ritmo menos acelerado.
Otimismo e cautela dão o tom das previsões para o futuro
Os empresários do setor avaliam que a situação do mercado tende a melhorar ao longo do ano, com 53,7% de olhares otimistas sobre o futuro próximo. Apenas 17,1% acreditam em piora e 29,3% creem na estabilidade.
Avanço da vacinação, retomada do ritmo da economia e de investimentos em projetos represados durante a pandemia, além das demandas digitais, são considerados os principais pontos que podem fomentar o crescimento.
Guerra na Ucrânia, eleições e copa do mundo são os mais apontados como fatores de estagnação ou mesmo de queda na atividade econômica, especialmente para o segundo semestre. E a escassez de talentos também foi citada como fator que pode emperrar o crescimento do setor.
Sistema híbrido domina expectativas de retorno ao escritório
Com planos de retomada dos espaços físicos adiados pela variante Ômicron, as agências agora já projetam situações de retorno aos escritórios. Nenhuma das agências que participaram da pesquisa relatou que já tenha retornado integralmente ao escritório. 43,6% estão trabalhando em sistema híbrido entre teletrabalho e presencial, com revezamento das equipes. 35,9% ainda estão totalmente em home office e as demais adotaram sistema híbrido com equipes fixas no presencial e no home office.
33,3% das empresas avaliam a manutenção do home office permanente como modelo de trabalho. 23,8% planejam voltar em sistema híbrido a partir de maio e 14,3% estão voltando em sistema híbrido em abril. Nas restantes, foram apontados modelos que variam entre livre escolha dos profissionais, adoção de dias fixos para o home office e teletrabalho combinado com dias de presença obrigatória na agência para reuniões entre as equipes.
Perfil das agências
Entre as 41 agências que responderam ao Monitor de Mercado Abracom 51,3% faturam até R$ 3 milhões anuais. 22% estão na faixa dos R$ 3 mi aos R$ 10 milhões anuais, 12,4% estão entre R$ 10 mi e R$ 50 milhões e 12,2% declaram faturamento anual acima dos R$ 50 milhões.
O Monitor de Mercado Abracom é realizado por formulário online, com sigilo das informações e participação voluntária de agências associadas.