A escalada de contágio comunitário pelo Coronavírus no Brasil pode ganhar força nas próximas semanas, segundo alerta do Ministério da Saúde. Nesse contexto, profissionais e agências de comunicação têm um importante papel a desempenhar. Podemos ser agentes de divulgação de informações precisas, ajudando clientes e parceiros a orientar seus públicos estratégicos para que se juntem ao esforço nacional para combater a disseminação da Covid-19.
Por outro lado, as agências devem adiantar medidas preventivas para proteger seus funcionários, evitando contaminações em ambientes de trabalho e limitando a participação dos profissionais em eventos. Tudo isso, sem deixar de atender às demandas dos clientes, buscando formas de trabalho remoto, reuniões virtuais e com restrição de viagens. Fizemos um levantamento junto às agências associadas e seguem recomendações da Abracom para enfrentar essa crise que pode se prolongar por várias semanas.
Prevenção nas agências
O empregador deve antecipar cenários e agir com responsabilidade para evitar que o pânico se instale. Divulgar orientações oficiais e corretas a respeito da doença, isolar profissionais que apresentem sintomas e limitar encontros presenciais é uma necessidade premente para as próximas semanas.
– Divulgação das formas de contágio e dos sintomas, bem como das medidas preventivas aos funcionários e parceiros. Usar fontes oficiais, como o Ministério da Saúde.
– Orientar sobre risco da disseminação de fake news sobre a doença nos grupos de Whatsapp da agência e nas conversas com clientes. O profissional é representante da agência e deve agir com responsabilidade e dentro de padrões éticos próprios da atividade de comunicação corporativa.
– Disponibilizar álcool gel em todos os setores da agência, a começar pela entrada, orientando quem chega da rua a higienizar corretamente as mãos.
– Orientar funcionários que apresentem sintomas a que não compareçam ao escritório.
– Redução das reuniões presencias.
– Restrição de viagens nacionais e internacionais.
– Revisão da participação de profissionais da agência em eventos e reuniões externas. Lembrando que do ponto de vista jurídico o profissional está a serviço da empresa e, portanto, sob sua responsabilidade.
– Para funcionários em retorno de férias fazer avaliação caso a caso sobre a possibilidade de retomar atividades em home office até que o período de incubação da doença seja cumprido. Atenção especial para quem retorna de viagem do exterior, especialmente Europa.
– Escalonamento de horários para que funcionários que passam por linhas de ônibus e metrô em horário de pico possam fazer deslocamentos em períodos alternativos.
Rotina de trabalho, atendimento aos clientes e home office
Autoridades sanitárias e especialistas em infectologia preveem uma escalada exponencial de contágio. A tendência é que atividades não essenciais possam ser canceladas ou proibidas, como já acontece na Itália, na França e na Espanha. No entanto, a demanda dos clientes por comunicação da crise deve aumentar, o que obriga as agências a planejarem sua estrutura de atendimento sem criar riscos para seus colaboradores.
– A semana que se inicia em 16/03 é chave para estruturar o atendimento remoto. Mapear os clientes que terão mais demandas relativas à crise do Coronavírus é um ponto de partida para combinar formatos de trabalho a distância.
– Preparar equipe para o home office será fundamental. Levantar condições de trabalho e acesso à internet na casa dos colaboradores é o primeiro passo. Combinar rotinas e horários de trabalho, montar grupos no WhatsApp e redes de parcerias com designers e outras atividades de apoio que garantam a continuidade do atendimento.
– Questionar clientes sobre eventos marcados. Propor cancelamentos ou migração para plataformas digitais, quando for possível.
– Propor aos clientes ações positivas de divulgação de informações sobre a doença e os métodos de prevenção. Criar links e cards nas redes sociais e sites com fontes oficiais e confiáveis de orientação sobre o Coronavírus.