Profissionais de comunicação discutem o futuro da área no Congresso Mega Brasil

Panoramas e caminhos na voz de quem vive o dia a dia da comunicação

"Para onde vai o mercado de comunicação corporativa?".  Com esta questão, Carlos Henrique Carvalho, mediador e presidente-executivo da Abracom, abriu a atividade “Muito além da assessoria de imprensa: a nova era da comunicação já começou”, durante o Congresso Mega Brasil, em São Paulo, no dia 23 de maio.

Para discutir o tema, a entidade convidou um time de especialistas: Marcio Cavalieri, Daniel Bruin, Claudia Zanuso, Patrícia Ávila e Ciro Dias Reis, diretores, conselheiros da Abracom e empresários do setor de comunicação corporativa. E também Camila Soares, Head de Comunicação Corporativa na Thomson Reuters Brasil e Renata Zveibel, Diretora de Comunicação Externa e Sustentabilidade da Heineken Brasil.

Segundo Bruin, o mercado pode ir para onde o setor quiser, sem barreiras, com eficiência, qualidade e preço justo. Ávila concorda, mas acrescenta: “Como a tecnologia mudou nossas vidas e nossas premissas, a comunicação tem que caminhar de mãos dadas com ela”.

Zveibel, por sua vez, destaca que seja onde for, a área precisa estar linkada a um ponto principal: saber trabalhar com transparência. “E confiança”, complementa Soares.

Já Cavalieri alerta para a mudança nas exigências dos clientes e, também, para novas perspectivas. "Com as transformações, as agências precisam receber perfis diferentes de profissionais, matemáticos, estatísticos etc. E dentro disso, não há limites para o segmento". 

Reis, ainda, aborda que a visão do profissional de comunicação tem que ser de consultor. “É necessário conectar os pontos e oferecer soluções aos clientes. "As empresas querem agências que entendam mesmo seu problema e as ajude, que ande junto", diz a head de comunicação na Thomson Reuters Brasil.

"A comunicação precisa obter um lugar cada vez mais estratégico, ser uma voz ouvida na companhia. É preciso um olhar que integre a liderança da empresa com a comunicação e dê a mão. Afinal, cultura é comunicação e comunicação é cultura. É preciso construir junto – agência e cliente ", diz Zanuso. Neste sentido, Márcio, diretor da Abracom, traz a questão do propósito. “Temos que entender nosso propósito como setor e usar as mídias de forma inteligente”.

Além disso, para Patrícia, também diretora da Abracom, as organizações têm que promover causas que façam sentido para a sociedade, que resolvam problemas.

Mas, afinal, por que a área de comunicação corporativa nunca aparece?

"Nós, agências de comunicação, aprendemos a não aparecer. Agora, temos que mostrar aos clientes o valor do que fazemos. O caminho é abrir diálogo com os públicos, ouvir, mas também, saber o que falar”, explica Daniel, diretor da entidade.

Para Ciro, conselheiro da associação, a área é muito tímida. Entretanto, extremamente, importante dentro de uma instituição. "Nós, agências de comunicação corporativa, somos os competentes envergonhados", brinca.

Segundo Camila, da Thomson Reuters Brasil, as agências do setor precisam ser mais agressivas. “É preciso mostrar o que fazem. Muita gente não sabe. É preciso mostrar o impacto e o valor do trabalho nos negócios”.

Ávila traz um outro lado da questão. “As agências de PR aparecem menos que as de publicidade sim. Isso porque tratam da resolução de problemas (off) ou estratégia (off – algo que os concorrentes não podem saber)”.

Fechamento

"Relacionamento, conteúdo e criatividade são questões chaves na comunicação corporativa", conclui Carlos, presidente-executivo da Abracom. “Aproveito também o espaço para avisar que a Abracom lança os 10 passos para concorrências privadas. Pedimos para que agências e empresas ajudem a difundir a questão”. Clique aqui e confira.
 

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