Empresários do setor projetam crescimento maior no ano que vem
Sondagem feita pela Abracom revela que as agências de comunicação vão crescer, em média, 17% no ano de 2012. Com esse índice, a estimativa é de que o mercado terá um faturamento global de R$ 2.340 bilhões, contra os cerca de R$ 2 bilhões em 2011.
O levantamento, feito por amostragem, traz a opinião dos empresários do setor sobre o mercado em 2012 e também perspectivas para o ano de 2013. As agências projetam um crescimento médio de 19%, em um momento de expansão das oportunidades de negócios nos setores público e privado e de crescente valorização do trabalho de gestão de relacionamentos, base dos serviços prestados pelas agências.
Segundo os empresários os fatores que impulsionam o crescimento do setor são a diversificação da carteira de serviços e ampliação da carteira de clientes.
As agências também apontam o planejamento estratégico de negócios, o investimento em retenção de talentos e o aperfeiçoamento da captação de novos clientes como pontos relevantes no crescimento setorial.
No começo de 2012, a expectativa de crescimento superava os 20%, com algumas estimativas apontando cerca de 25% de expansão no faturamento do setor. No entanto, as empresas pesquisadas afirmaram que o ano teve percalços como o reflexo da crise econômica europeia em alguns setores da atividade econômica, o ano eleitoral e as expectativas não cumpridas plenamente de maior expansão no setor público.
Para a presidente do Conselho Diretivo da Abracom, Gisele Lorenzetti, no entanto, o crescimento de 17% deve ser comemorado. “Os números de outros segmentos da indústria da comunicação, como o de publicidade e mídia promocional, ficaram na faixa dos 10%. E a economia do país deve ficar perto de 1%. Nosso setor encontrou espaço para crescer, porque a comunicação corporativa ainda tem muito a oferecer às empresas e governos”, disse Lorenzetti.
A partir de 2013, o acompanhamento dos números do setor será feito trimestralmente, com boletins de análise econômica restrito aos associados e dados mais aprofundados. “Os dados do mercado serão uma ferramenta de estratégia de negócios para que as agências filiadas possam planejar sua atuação no mercado”, diz Carlos Henrique Carvalho, presidente-executivo. Esse trabalho será coordenado pela diretoria para assuntos de gestão empresarial, com acompanhamento de um serviço de consultoria e análise econômica.