Uma pesquisa realizada pelo Ibope Mídia revela que 45% dos internautas brasileiros consideram que as redes sociais substituem as informações dos portais de notícias. Para 60%, as redes sociais oferecem toda a informação necessária para se manter atualizado. O estudo “Many-to-many- o fenômeno das redes sociais no Brasil” foi feito em setembro e divulgado na última semana. O Ibope ouviu mais de oito mil pessoas, em onze regiões metropolitanas do Brasil.
Otimização de tempo
Para Juliana Sawaia, gerente de Inteligência de Mercado do Ibope Mídia, o resultado não vai contra os portais, já que muitas das informações transmitidas pelas redes partem dos próprios sites noticiosos. “A maioria das matérias postadas nas redes são provenientes de algum outro site, portais, blogs, fóruns etc, e muitos veículos de comunicação já possuem páginas e perfis nas Redes. Com essa opção os usuários seguem os assuntos que efetivamente lhes interessam, otimizando o seu tempo em vez de irem diretamente a sites específicos”, avalia.
Informação e relacionamento
Para a gerente do Ibope, o relacionamento nas redes é importante nesse contexto, porque os internautas tendem a buscar com mais frequência as informações de seus contatos. “Um outro fator a ser analisado é que esse fenômeno das Redes fortalece o laço das pessoas que participam dela. Portanto, a tendência é que cada um confie mais nas informações dos seus “contatos” e que busque por elas mais frequentemente do que em um portal de notícia por exemplo”.
Portais x grau de instrução
Apesar de 45% dos internautas considerarem que as redes substituem os portais de notícias, essa aceitação cai gradativamente conforme o grau de instrução do entrevistado, e chega a 22% das pessoas que possuem nível superior. “É interessante ver que quanto maior o grau de instrução, menor é essa dependência das redes”, explica a especialista.
O estudo também mostra que o Orkut é acessado por 91% dos internautas brasileiros, o Facebook por 14%, Twitter 13%, MySpace 2% e Sonico 1%. Desses entrevistados, 74% preferem seguir amigos e familiares, 60% celebridades e artistas, 35% jornalistas e sites de notícias, 26% empresas e profissionais relacionados ao trabalho e 18% empresas/produtos que consomem.
Fonte: Comunique-se