Maurício Felício*
Mais do que executar e “produzir” valor para a empresa, os comunicadores fazem parte de um grupo de profissionais cuja base de trabalho deve se constituir pela pesquisa. No entanto, hoje, não só no Brasil, mas em diversos países que consideramos membros do chamado primeiro mundo, essa não é a realidade da maior parte das empresas.
No Brasil para o lançamento do livro Relações públicas: teoria, contexto e relacionamentos, escrito em coautoria com os professores
Foi com essas palavras que Grunig abriu sua palestra organizada pela Associação Brasileira de Comunicação (Abracom),
Fatores como o diálogo, ou seja,
Alinhado a esse tema, em meio ao debate sobre a pertinência de pesquisas em comunicação e as características da comunicação efetiva, é que
Essa questão evidencia o que Grunig bem lembrou. É incontestável a dificuldade de se mensurar resultados em comunicação corporativa, mas há ainda os profissionais que fogem da mensuração por receios tolos de não conseguir provar o valor da comunicação em meio a tantas estratégias de marketing de produto, com parâmetros de vendas completamente objetivos, enquanto a sutileza e a força da comunicação estão justamente em sua subjetividade.
Para esses profissionais, o conselho foi claro. Aplicar pesquisas prévias que potencializem a exatidão das ações, sendo que a mensuração durante e após a execução é fundamental como métrica para melhorias nas ações futuras e para compreender o quão assertiva é a intervenção proporcionada por nós, os ditos comunicadores “oficiais”.
Por isso que Grunig diz que “pesquisa é um processo de resolução de problemas”, além de indicar que, em comunicação, uma palavra é fundamental: consequência. Dou-me ao luxo de discordar parcialmente, ao passo que creio que não só as consequências são relevantes na construção da comunicação eficiente, mas admito ver muitas iniciativas e muitas demandas para
Grunig ainda abordou a questão da ampliação do escopo das iniciativas de comunicação. Para ele, o comunicador deve evoluir em sua atuação e, com isso, estimular a empresa a segui-lo, rumando do nível dos programas corporativos para as funções das comunicações, passando pelo patamar organizacional e culminando nos reflexos de sua atuação na sociedade, ou seja, sair do centralismo organizacional e partir concretamente para a missão e visão da corporação.
Por isso, a palestra se encerrou com a conclusão do que pode ser considerado um lembrete para alguns e, para outros, um alerta. A contrapartida comportamental de nossos públicos tem uma forte associação com relacionamentos. Nesse termo, relacionamento resume-se
* Maurício Felício é colunista no Portal Nós da Comunicação.
FONTE: Nós da Comunicação