O que há de novo na comunicação interna?

Izolda Cremonine*


 


Empresas que desenvolvem programas de comunicação interna há longo tempo já têm uma tradição nesse campo, que lhe serve como referência. Esse passado permite uma importante análise, indicando as ações que devam ser mantidas, aperfeiçoadas ou eliminadas.


 


Acima de tudo, esta situação aponta os conhecimentos acumulados ao longo dos caminhos percorridos pela empresa, e esta experiência não poderia ser jogada fora, mesmo que parcialmente, na busca de novas soluções “inovadoras”.


 


Programas de comunicação interna já praticados deveriam ser analisadas através de pesquisas, antes da tomada de qualquer decisão a respeito de eventuais mudanças. As tradicionais ações centradas em publicações impressas ou eletrônicas; eventos sociais, culturais ou esportivos; ou campanhas internas mais abrangentes, continuam a desempenhar um papel importante junto aos funcionários.


 


Não são elas que precisam ser eliminadas de forma mecânica, para dar passagem ao novo. O modelo adotado possivelmente continue bom, talvez falte apenas uma análise da sistemática de trabalho adotada, ou a abrangência das ações, ou a forma como os assuntos estão sendo tratados, ou o estilo da linguagem utilizada, ou a solução visual aplicada, etc.


 


A adoção de uma nova ferramenta apenas por ela estar na moda, sem um estudo sobre sua adequação à realidade dos funcionários daquela empresa, muito provavelmente cederá lugar à um novo modismo  quando ele aparecer, que novamente será utilizado de forma automática, e esta situação irá se repetindo.


 


Se não houver um planejamento de comunicação interna com objetivos bem definidos, com estratégias coerentes, com ações enquadradas, com cronograma possível de ser cumprido, com verba definida e respeitada e com equipe motivada, torna-se quase impossível manter um estreito relacionamento positivo ente a empresa e seus funcionários, familiares, estagiários e terceirizados.


 


Soluções inéditas sempre são bem-vindas pois a comunicação é um processo dinâmico, além de ser papel da empresa estar atenta às novas experiências. Mas é importante que as novidades façam parte de um processo mais amplo, incluídas em programas já consagrados, sempre apoiados na Visão corporativa.


 


O que há de novo na comunicação interna? Há uma busca sempre desafiadora das melhores soluções para a empresa, a partir de seu perfil e de sua cultura. Nela, sempre cabem o velho e o novo de forma harmônica.


 


 


Izolda Cremonine* – Jornalista, Publicitária e Relações Públicas.  Mestre em Comunicação e Mercado. Professora na ESPM e  FGV. É consultora em Comunicação e Marketing e diretora da C&M Comunicações. Ganhou os  Prêmio Aberje 2003 e 1985 por trabalhos realizados em comunicação interna para Multibras e Goodyear, respectivamente. 


 


FONTE: Izolda

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