Ética define reputação de empresa no Brasil

No Brasil, o comportamento de uma empresa é mais importante para a manutenção de sua reputação do que suas finanças. Uma ação antiética é o principal fator que pode afetar a imagem de uma corporação no país. Já irregularidades financeiras ocupam o terceiro lugar do ranking de problemas.



Os dados são resultado da pesquisa “Reputação e Recuperação de Imagem” feita pela Weber Shandwick, agência global de relações públicas, com 950 líderes empresariais em 11 países. O Brasil é o único pesquisado da lista em que a ética tem mais importância do que as atividades financeiras. O país também se destaca no que se refere à governança corporativa.


Em todos os outros quesitos do estudo, os países têm opinião e resultados equiparados.
“De uma maneira geral, o Brasil é muito semelhante às outras economias. Uma das coisas menos importantes é a regulação do governo. Nós imaginávamos que no Brasil e na China não seria assim, mas não. Ser ligado ao governo não significa, exatamente, ser protegido”, diz Jack Leslie, presidente da Weber Shandwick.


Segundo a pesquisa, conseguir uma boa reputação perante o mercado não é tão difícil. O complicado é recuperá-la, uma vez que ela se perca (veja quadro à esquerda). Para isso, segundo Leslie, um pedido de desculpas do CEO da corporação, que já foi uma boa estratégia, hoje pode não ter nenhum resultado.


 


“Os dirigentes ainda precisam pedir desculpas, mas só isso não resolve o problema. Tem de ser aliado a outra coisa. Um pedido de desculpas sozinho pode até pegar mal”, diz. A melhor atitude que a empresa pode tomar é anunciar publicamente as medidas que pretende realizar para solucionar o problema.


Para proteger a imagem da empresa, a pesquisa mostra também que a satisfação dos consumidores deve ser sempre uma preocupação de seus dirigentes. “As empresas precisam, inclusive, aprender a usar a internet melhor e responder as questões dos donos de blog. Eles são formadores de opinião”, afirma Leslie. “Uma boa reputação exige, acima de tudo, muita comunicação.”


 


Fonte: Folha de São Paulo / Coluna Mercado Aberto


FONTE: Folha de São Paulo / Coluna Mercado Aberto

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