Publicações sob medida para a empresa. E para o cliente

A pioneira revista “Ícaro”, da Varig, já não está mais sozinha. Nos últimos cinco anos, o mundo dos negócios tem assistido a um boom de lançamentos das chamadas revistas corporativas ou customizadas. Tanto por grandes como por pequenas e médias empresas. Publicações que são nada menos que um canal de comunicação com seus diferentes públicos-alvos. Por meio de textos e imagens, as empresas tentam transmitir sua missão e valores.


 


De acordo com dados da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), este mercado já movimenta cerca de R$ 200 milhões por ano. Segundo a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial  (Aberje), das 117 companhias que estão entre as maiores do país, 21,4% têm revistas corporativas. É a segunda mídia mais adotada, depois da intranet, que existem em 31,6% delas e do jornal impresso, adotado por 18,85% das empresas.


 


Revista faz rede mudar de nome


 


Para Jaíra Reis, diretora da Casa do Cliente – agência de publicidade que produz e edita revistas corporativas de empresas de vários portes – este esforço das empresas já não busca atingir só o seu público consumidor. Como acontecia há dez anos, quando elas começaram a chegar ao mercado. Agora, tem como alvo também a opinião pública.


 


– Basta olhar em voltar e ver a qualidade e o cuidado com que as empresas, de grifes de moda a operado de telefonia, tratam estas publicações – destaca Jaíra, frisando que a Casa do Cliente lançou este ano a “Comunicação 360º”.


 


A revista “Embelleze”, da rede de salões de beleza que leva o mesmo nome, é um exemplo de força das publicações corporativas. Uma das pioneiras, lançada em 1991, foi tão bem recebida pelo mercado que seu título acabou suprimindo o antigo nome da empresa, Ebony, com o qual operava há mais de 20 anos.


 


– Quando a revista surgiu, funcionários e clientes passaram a se referir à empresa como Embelleze. Isso fez com que, no processo de reposicionamento da empresa, a gente decidisse mudar – diz o vice-presidente, Jomar Beltrame.


 


Opções para quem quer economizar


 


As customizadas podem ou não ser vendidas para o público e não dependem de anúncios, embora muitas até os tenha, para sobreviver. Mas, destaca o diretor-geral a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Alexandra Mathias, pequenas empresas, que têm poucos recursos, podem dar o primeiro passo investindo numa newsletter eletrônica ou impressa:


 


– Todo negócio, independentemente do tamanho, deve identificar seus públicos de interesse e investir numa ferramenta de comunicação como eles. Uma newsletter eletrônica pode sair muito barata, especialmente levando-se em consideração o retorno que a empresa tem.


 


A escola, considerada uma média empresa, tem sua revista customizada, com tiragem de 17 mil exemplares. No início do projeto, ela era distribuída gratuitamente. Á medida em que foi conquistando público, o produto foi aprimorado e passou a ser cobrado.


 


– Hoje, temos venda por assinatura e até em algumas bancas. Mas continuamos tendo um mailing formado por professores, alunos, algumas instituições parceiras e clientes corporativos, que a cada dois meses recebem a revista gratuitamente – conta Mathias.


 


Fonte: O Globo


FONTE: O Globo

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