Mariana Diniz Wirtzbiki (estagiário de jornalismo) / Sob supervisão de Miriam Abreu
Foram divulgados, no começo deste mês, os resultados de uma pesquisa coordenada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) sobre a relação entre jornalistas e assessores de comunicação. A pesquisa, encomendada pela Revista Imprensa, em parceria com o Maxpress, e aplicada pelo Instituto Francischini, revelou que o relacionamento entre os dois profissionais está cada vez melhor. Para isto, foram ouvidos por telefone 405 jornalistas em todo o Brasil, entre os dias 29/11 e 02/12 do ano passado.
Segundo matéria divulgada na Revista Imprensa (para acessar, clique http://www.portalimprensa.com.br/new_pesquisa_data_view.asp?code=2530), a pesquisa foi intitulada como inédita pelas empresas que a realizaram. No entanto, o Comunique-se vem, desde 2003, realizando pesquisa semelhante e traçando um levantamento gradativo sobre o relacionamento entre estes profissionais. No total destes três anos, o Comunique-se ouviu 2.905 profissionais (1.024 em 2003, 1.261 em 2004 e 620 em 2005).
Entre os tópicos da pesquisa do qual o Comunique-se teve acesso (tentamos junto a Aberje e a Revista da Imprensa os resultados na íntegra) pudemos comparar alguns números:
Na pesquisa da Aberje/Maxpress/Revista Imprensa, 83% dos jornalistas responderam que os assessores ajudam o trabalho da imprensa e 9% acredita que atrapalham.
Desde 2003, a pesquisa do Comunique-se já mostrava que 75% dos jornalistas consideraram que o trabalho do assessor ajuda quando ele atua em todo o processo, sugerindo pautas e ajudando a conseguir ganchos e personagens, 11% consideraram que ele não é útil quando apenas faz a ponte entre a fonte e o meio, e 12% acreditam que o perfil de assessor que mais auxilia a redação é aquele que ajuda apenas quando é solicitado.
O Comunique-se também apontou na pesquisa de 2004 que apenas 38% dos releases enviados pelos assessores estão dentro do foco da editoria e do meio o qual os jornalistas trabalham, o que mostra que 61% dos releases ou não estão dentro do foco ou são enviados para as editorias erradas.
Na pesquisa da Aberje/Maxpress/Revista Imprensa, 66% dos entrevistados julgaram os assessores como éticos, contra 30% que os consideraram antiéticos.
Na pesquisa do Comunique-se, o aspecto ético aparece pelo assessor ser identificado como um profissional muito mais comprometido com o interesse dos clientes do que como parceiro efetivo da imprensa. Em 2005, 77% dos entrevistados consideraram que é um erro muito grave quando os assessores querem vender seu cliente a qualquer preço.
Um ponto novo da pesquisa da Aberje/Maxpress/Revista Imprensa é o que trata do jornalismo x relações públicas. Os números apontam que 77% dos entrevistados acreditam que os jornalistas devem ser os responsáveis pelas assessorias de imprensa; 13% crêem que a função cabe aos RPs e 2% indicaram os publicitários.
Fonte: Comunique-se
FONTE: Comunique-se