Aimex anuncia vencedores do Prêmio de Jornalismo

Com a reportagem “Japonês faz estoque de mogno no Pará”, o jornalista Ronaldo Brasiliense foi o grande ganhador do III Prêmio Aimex de Jornalismo, e levou R$ 7 mil. A entrega do troféu e certificados aos concorrentes foi feita na última quarta-feira, durante jantar para imprensa e representantes do setor produtivo florestal, no restaurante Manjar das Garças, promovido pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex). O segundo colocado foi o jornalista Raimundo Pinto, que recebeu R$ 2 mil, e a jornalista Elck Oliveira também participou da disputa.

A proposta de se criar o prêmio em 2003 foi da agência EKO – Estratégias em Comunicação, visando reconhecer o mérito dos profissionais da imprensa que cobrem a pauta econômica e ambiental. Única ação do gênero inteiramente idealizada no Pará, a iniciativa teve como principal objetivo estimular a publicação de reportagens e a elaboração de redações e pesquisas sobre o setor.

Além de contemplar profissionais, este ano a premiação teve uma novidade: o I Prêmio Aimex Jovem Jornalista, conquistado pelo estudante Fernando Alves, do curso de Comunicação Social/Jornalismo, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que foi agraciado com um computador. Na sua redação, ele abordou as leis e projetos que visam solucionar a crise florestal no Pará. Do concurso para estudantes, participaram mais três futuros jornalistas: Marcos Paulo Correa e Adriana Fradique, da UFPA, e Isa Arnour, da Universidade da Amazônia (Unama).

Na entrega do prêmio, o presidente da associação, Manoel Dias, reconheceu o trabalho e o esforço dos profissionais paraenses na área de Jornalismo. “Sabemos que é tarefa árdua cobrir um Estado tão vasto como o Pará, com atividades econômicas e realidades sociais tão diferentes e complexas”, enfatizou. O intuito dos organizadores do prêmio, segundo ele, é evidenciar a face do setor florestal que gera empregos, dinamiza a economia e investe em pesquisa e tecnologia, conquistando cada vez mais espaço no mercado internacional. Destacou ainda que essa economia florestal está aos poucos sendo revelada pelos profissionais de comunicação.

O ganhador – Ronaldo Brasiliense é natural de Belém do Pará, começou sua vida de repórter no jornal O Liberal. Trabalhou na sucursal da revista Veja na Amazônia, no Jornal do Brasil e nos jornais Estado de São Paulo e Correio Brasiliense. Atualmente, ele é repórter especial do jornal O Liberal. Ronaldo é detentor dos prêmios OK de Economia, OK de Meio Ambiente, Esso (duas vezes), Embratel e AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).

E agora ostenta também o Prêmio Aimex de Jornalismo. A reportagem vencedora destacou o investimento do produtor Hisoshi Okajima, que mantém uma plantação de 22.600 pés de mogno consorciado com pimenta-do-reino, em Paragominas. A experiência é inédita no mundo e tornou-se um fato peculiar porque a comercialização do mogno é proibida no Brasil. “É hora de dar um basta nessa devastação. A indústria dando apoio, melhor ainda. E começar o ano ganhando um prêmio desse, que também é um dos financeiramente mais viáveis, com certeza é muito gratificante”, agradeceu.

Vencedor das edições de 2003 e 2004, o jornalista Raimundo Pinto ressaltou o incentivo da Aimex ao trabalho do repórter. “Outro mérito está na capacidade de mostrar que é possível explorar esse imenso recurso florestal da Amazônia com racionalidade, garantindo o futuro dessa atividade econômica e da própria floresta”. Ele enalteceu a importância do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Danilo Remor, falecido em novembro passado, para os jornalistas das editorias de economia. “Ele nunca se furtava em nos atender, mesmo que não pudesse falar sobre a nossa pauta. Ele contribuiu muito para que os jornalistas compreendessem os números da nossa economia”, lembrou.

Danilo Remor – Mais uma novidade da noite foi o anúncio da mudança no nome do prêmio, que passará a se chamar “Prêmio Danilo Remor de Jornalismo”, uma homenagem a este grande líder da classe empresarial paraense. Ele sempre esteve ligado à indústria do Pará e participou ativamente da luta pelo desenvolvimento do setor produtivo, trabalhando pela verticalização da economia e diversificação da pauta de exportações. Quando faleceu, aos 58 anos, ocupava também o cargo de vice-presidente da Aimex. Era casado e tinha três filhos. Natural do Rio Grande do Sul, o empresário estava radicado há mais de 30 anos no Pará.

FONTE: Aimex anuncia vencedores do Prêmio de Jornalismo

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