Nas redes sociais, a relevância e a influência digital vêm da repercussão que o conteúdo gera. Fazer a diferença está além do número de seguidores ou da quantidade de postagens feita pelo titular do perfil ou da fan page. Numa linguagem digital, a conversão é o que conta. Só tem influência mesmo se quem posta mobiliza sua audiência, fazendo-a reagir: com likes, comentários e compartilhamentos, a favor ou contra.
Um protagonista que tem 20 mil seguidores e 10 ou 15 interações com suas postagens influencia menos que aquele que congrega cinco mil seguidores e 150 likes em suas manifestações. Cada curtida conta. Comentário vale mais que curtida. E compartilhamento mais do que os dois anteriores. Compartilhar é dar o aval, é assinar embaixo do conteúdo produzido por um terceiro, exibindo-o também em sua própria timeline. No caso do Twitter usa-se outra expressão: RT, ou retuitar. Essa reação define o alcance e a capilaridade de cada mensagem. E é o fator que gera os chamados Trending Topics, que são os assuntos em destaque num determinado período de tempo.
Há duas formas principais de conquistar audiência, que é o número de seguidores de cada perfil. A alternativa mais rápida é promover uma campanha, uma ação que demanda investimento financeiro junto à plataforma, para atrair novos seguidores. Por esse método, há investimento em dinheiro, para impulsionar postagens e angariar seguidores. O objetivo, nesse tipo de ação, é juntar muita gente, para fazer volume e aparentar ter uma audiência numericamente de prestígio.
Entretanto, dificilmente essa aglomeração digital gera relevância. Porque muitos dos seguidores tiveram um interesse instantâneo, artificialmente provocado. Em sua maioria, permanecerão ali, mas sem identidade, empatia ou fidelidade com as mensagens que o titular da página vier a difundir. Não irão reagir nem interagir. Vão fazer volume, mas sem nenhuma expressão ou relevância.
O caminho mais sólido nas redes sociais é o crescimento orgânico: aquele que atrai pessoas espontaneamente, pelo real interesse que desperta. A afinidade resulta tanto do conteúdo quanto da estratégia para sua abordagem. E cada rede social tem características próprias.
No Twitter, há debates e discussões. No Linkedin, posicionamento institucional, com mensagens sobre a trajetória profissional e acadêmica. É uma plataforma para networking. No Instagram tem de tudo, mas preferencialmente conteúdos aspiracionais, com imagens de impacto como protagonista. No Facebook, a principal rede social do mundo ocidental, há assuntos de interesse transgeracional, como num encontro familiar de domingo.
O que todas as redes sociais têm em comum é o ponto de atratibilidade. Êxito na atuação digital depende da reação dos seguidores. Confiança, engajamento e lealdade resultam de um conteúdo que importa. Seja porque o público está de acordo, ou porque está diametralmente contra.
Por Kátia Cubel,
Jornalista, diretora da Engenho Comunicação, mestranda em Neuromarketing, analista de redes sociais e marketing digital e presidente do Prêmio Engenho de Comunicação.