O tempo passa, mas nem tudo passa

Por Claudio Garcia e Alice Marcondes, LF&CIA Comunicação

Você está dizendo – ou tocando – o que os consumidores querem ouvir? A edição deste ano do estudo Kantar Media Reactions trouxe um dado muito interessante:55% dos consumidores brasileiros têm o rádio como o canal de veiculação publicitária preferido. 

Outro estudo, este realizado pela Nielsen e olhando para o mercado norte-americano, aponta que 60% dos adultos entre 35 e 49 anos e 54% dos adultos entre 18 e 34 anos consideram os anúncios de rádio muito ou um pouco confiáveis. Isto coloca esta mídia na liderança do ranking de confiabilidade. 

Em paralelo, quando o foco são as mídias digitais, a preferência dos consumidores, segundo o estudo da Kantar, é vê-los na Amazon e no Tik tok – a primeira uma plataforma onde ele já está em busca de realizar uma compra e a segunda uma plataforma com perfil espontâneo e divertido. 

Excluindo deste panorama o dado da preferência pela Amazon, porque este é um momento da jornada de consumo muito atrelado à decisão de compra, colocamos o rádio e o tik tok como os queridinhos dos consumidores para serem impactados por publicidade e, consequentemente, aqueles que devem estar no radar primordial dos estrategistas. 

Ambas são plataformas baseadas em relacionamento e que pedem ainda mais criatividade nas peças veiculadas e nas estratégias. A falta da imagem no rádio sempre foi um estímulo na busca por novos formatos que levassem o público à percepções de marcas. Isto rendeu, e rende ainda, jingles clássicos na publicidade e falas que reverberam na mente dos consumidores. Já no tik tok, a simplicidade de formatos e sensação de proximidade do creator com o público imperam. 

Seja no rádio – uma dos mais antigos meios de comunicação – ou no Tik Tok – uma das mais recentes plataformas – o consumidor quer diversão e relacionamento. Ouvir o seu locutor repetindo o bordão da marca, ou ver o seu influenciador preferido fazendo um vídeo com um produto, são formas de conexão baseadas na confiança entre pessoas. Na receita de uma boa estratégia, esta é a base que não pode ser esquecida. 

O tempo passa, mas a fórmula para boas campanhas de marketing não muda.  

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