Palestrante da conferência de abertura desta quarta-feira (09/04) do 6º Congresso de Comunicação Empresarial, o presidente e CEO da Câmara Americana de Comércio de São Paulo, Álvaro de Souza, falou sobre as empresas brasileiras e o cenário internacional – oportunidades e desafios para os profissionais de Comunicação.
No início da apresentação, Souza traçou o panorama da economia mundial, que hoje soma US$ 45 trilhões, se considerados todos os PIBs, sendo que apenas dois países e um grupo — EUA, Japão e a Comunidade Européia – concentram a maior parte deste montante. "As três principais economias atravessam momentos difíceis, porém o cenário internacional é muito pior que o brasileiro, ao contrário do que acontecia anteriormente", explicou. "Na época em que eu estudei, aprendi que a riqueza de um país era medida por seus recursos naturais. Hoje, a riqueza mede-se pelo tamanho de seu mercado consumidor. Nesse ponto, o Brasil é privilegiado, com aproximadamente 40 milhões de pessoas. Porém perdem-se muitas oportunidades."
Ao inserir o Brasil no contexto internacional, Souza disse que, além das empresas nacionais, o maior cliente para os profissionais de comunicação é o próprio país. "A imagem do Brasil lá fora não é boa: remete à insegurança, inflação e outros aspectos negativos. A assessoria do Governo é ruim, sendo que lá fora ela nem existe. Resumindo: o Brasil precisa ser melhor empacotado", definiu.
Após a apresentação, Souza dividiu a mesa com os debatedores Walter Nori, presidente da WN, Cláudio Gradilone, editor de Finanças da Revista Exame, e Marcelo D`Angelo, diretor de Comunicação da Telefônica. Um dos assuntos levantados foi a entrada do capital estrangeiro nas empresas de mídia. Souza foi categórico ao dizer que abrir um mercado com alta concentração de empresas familiares é o mesmo que deixá-lo fechado: "Quem vai querer comprar 30% de uma empresa familiar, ser sócio minoritário e não ter direito à decisão?".
FONTE: Comuniquese