O terceiro trimestre de 2021 foi de crescimento no volume de faturamento para 68,9% das agências de comunicação corporativa. Destas, 56,3% apuraram aumento de até 10%, 25% cresceram entre 10% e 15% e 18,8% tiveram aumento de mais de 15% no faturamento. Esses são dados do Monitor de Mercado Abracom, que apura a movimentação econômica e as tendências de negócios do setor de comunicação corporativa. 45 agências, de 7 Estados diferentes e variados portes responderam à pesquisa feita entre os dias 29 de outubro e 4 de novembro. Os números se referem ao trimestre entre julho e setembro.
Para 28,9% das respondentes, o trimestre apresentou estabilidade no faturamento e apenas 2,2% apontaram queda e prejuízo no período. A lucratividade também foi maior para 60% das empresas, enquanto 22,2% tiveram lucro igual ao período anterior e 15,6% perderam lucratividade.
O aumento do lucro se concentrou na faixa de até 10% em mais de 70% das agências. Já aquelas que registram diminuição da lucratividade apontaram queda de até 5% com mais frequência.
Equipes de trabalho voltam a crescer
Depois de um período de estabilidade, o setor voltou a ampliar as equipes de trabalho, o que explica a perda de lucratividade para uma parcela das agências. 51,1% das empresas contrataram mais do que demitiram no trimestre, enquanto 44,4% registraram estabilidade e apenas 4,4% fizeram mais demissões.
O crescimento no número de postos de trabalho foi de até 5 novos profissionais em 58,3% dos casos enquanto 25% contrataram acima de 10 novos funcionários e 16,7% entre 5 e 10 novos colaboradores.
Cautela e euforia com o futuro em doses iguais
Os empresários de comunicação corporativa estão divididos quanto às perspectivas para o trimestre que fecha o ano. 44,4% apostam em crescimento, outros 44,4% preveem estabilidade e 11,1% acreditam que terão queda no faturamento. Se comparado com os número do 2º trimestre, o Monitor mostra que cresce o pessimismo. Na pesquisa anterior nenhum empresário acreditava que o trimestre seguinte teria queda de faturamento.
A Abracom perguntou sobre o planejamento para 2022 e as causas que podem ajudar a manter o crescimento ou gerar prejuízos.
Para 53,3% das empresas, o novo ano será de crescimento, 37,8% falam em estabilidade e 8,9% em um ano pior do que 2021.
A retomada da economia e o possível fim da pandemia, com novas demandas dos clientes, foram os fatores mais mencionados como motivadores do crescimento. Além disso, os investimentos em ano eleitoral e a Copa do Mundo também podem ajudar a aquecer o setor. Os empresários também acreditam que no pós pandemia as demandas por serviços digitais e pela diversificação de serviços serão mais agudas, permitindo às agências um cenário de crescimento.
Entre os cautelosos, que avaliam perspectivas de estabilidade, a crise econômica, o cenário político-eleitoral e a inflação levam a apostar em um ano morno.
Já para os que avaliam o novo ano com pessimismo, também o cenário eleitoral, o aumento da inflação e a fuga de investimentos estrangeiros podem gerar dificuldades para o setor.
Participaram da pesquisa agências de São Paulo (51,1%), Pernambuco e Minas Gerais (15,6% cada), Bahia (8,9%), Rio de Janeiro (4,4%), Santa Catarina e Distrito Federal (2,2% cada).