Consolidado como um dos eventos referência em comunicação interna, o 8º Verso e Reverso, organizado pelo Grupo de Trabalho de Comunicação Interna da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), aconteceu dia 29 de setembro de 2020, pela primeira vez no formato 100% digital, e contou com a presença nacional de cerca de 96 participantes.
Para começar a listar os aprendizados, descobrimos que o novo formato, não por opção, mas por imposição do distanciamento social, reuniu mais gente e foi um sucesso. Um bom começo para um evento que se propôs a tratar a Cultura de inovação para a Comunicação Interna.
Curioso o quanto a tecnologia pode fazer por nós e pela comunicação! Durante 3 horas, os participantes receberam informações e interagiram de forma leve e prazerosa. Mantivemos a estrutura original do Verso & Reverso com o Painel Tendências e o Workshop Colaborativo, com dinâmicas de jogo e debate em grupos.
Painel Tendências
Oportunidades pós pandemia, o que mudou na Comunicação Interna e precisou ser feito?
Sob a coordenação de Igor Drudi, designer com pós graduação em design experiencial, mestre em desenvolvimento socioeconômico e facilitador de processos criativos e de inovação, o momento da sociedade exige que as empresas mergulhem no digital, no trabalho remoto, mas muitas não tinham uma cultura para isto. Toyota e Intelbras, empresas participantes do Painel, contaram como passaram por essa transformação cultural, usando comunicação, relacionamento e tecnologia. Exemplos a serem seguidos!
Já Bruno Andrade da Qualtrics SAP, mostrou como trabalhar a experiência do colaborador, seus impactos para as organizações e o papel da comunicação interna nesse processo. Ele explicou que todos nós temos expectativas em relação à marca para a qual trabalhamos e que ao conviver com ela no ambiente de trabalho, geramos nossa experiência. Essa sim pode e deve ser gerida da melhor forma pelas estratégias de pessoas e de comunicação. A metodologia aplicada pela Qualtrics, analisa o tripé tecnologia, competência e cultura e gera Dados de Experiencia que trazem o porquê dos comportamentos observados.
Para Bruno, “Não queremos só consumir salário e trabalho. Queremos uma experiência prazerosa”. Sua principal recomendação para os participantes foi implantar o ciclo Escutar, Analisar e Agir, sempre democratizando a informação para gerar novos insights à empresa e engajar o público interno.
Foi o que fez a Toyota. Por meio de um processo de escuta, a empresa levantou seis novas competências organizacionais para enfrentar a pandemia da Covid-19 e uma campanha interna, chamada de Toyota Moving Lives, cuidou de disseminar o change management, a começar pelo próprio CEO que hoje faz encontros virtuais com grupos de colaboradores. Após essa experiência, Daniela S. Bittencourt Ferreira da Toyota afirmou que é possível mudar a cultura mantendo os mesmos valores. Para ela, a presença e o posicionamento dos líderes já era uma demanda de empregados e da própria sociedade. Quem é o CPF atrás do CNPJ…
Valdirene Borges da Rosa Vitorassi da Intelbras, exemplificou ações de inovação por meio do teste da comunicação Interna na sua primeira missão: Pandemia COVID-19. A pandemia aflorou fragilidade e medo nos colaboradores e a área de gestão de pessoas assumiu o risco de lidar coma confiança do público interno na empresa. A liderança foi treinada para se comunicar diretamente com os times e os casos de Covid-19 entre os colaboradores foi tratado no Portal Interno, traindo a curiosidade da rádio peão para o canal de comunicação interna.
Para Val, usar recurso de lives, para ser mais quente, fluente, imparcial e porque não bilateral fez toda a diferença no relacionamento com os colaboradores. Outro ponto importante, foi o drive de capacitação para a Liderança como estratégia de comunicação. Fornecemos roteiros para eles saberem qual é o seu papel dele, eliminando dúvidas sobre o que precisa comunicar. “Também fizemos ferramenta formal de pesquisa de clima e também de como estava a experiência de home office. E grupos de escuta com 10% das áreas”, complementou ela.
Uma clara mensagem de inovação em CI foi a união de competências para atingir melhores resultados, usar feedbacks em ações concretas de forma transparente e regular. Conheça algumas falas marcantes dos painelistas:
“O futuro dos negócios tem sentimentos”, Bruno – Qualtrics
“Show me, don’t tell me”, Daniela – Toyota
“Nossas lives foram para as pessoas. Foram sobre trabalho e vida pessoal”, Valdirene – Intelbras
E mais, alguns participantes pensam que campanhas de “você pediu, eu ouvi” funcionam bem e se estamos abertos para perguntas, precisamos estar abertos para tratar e comunicar os resultados.
Após um breve intervalo, onde exemplares do livro Os novos Empreendedorez, mude a forma como você toca a vida foram sorteados entre os participantes, como forma de estimular inovação, Graziela Merlina, sócia da Casa Merlina, empreendedora, conselheira e investidora em empresas de impacto social, iniciou o Workshop Colaborativo com a seguinte provocação: As experiências que vivemos são, na verdade, a narrativa que damos a elas. Como você tem narrado seus aprendizados?
Fã de jogos organizacionais, Grazie conduziu uma dinâmica de roleta com quatro opções de ações: insights, desafio, quiz e revés, onde os participantes foram desafiados a testar seus conhecimentos. Teve de tudo! E melhor, nessa abordagem para ampliar consciência, criamos conexões e nos divertimos. Foi uma bela atividade de humanização.
A principal inovação para a CI é o uso da tecnologia para democratizar a informações, principalmente quando não é possível o olho no olho. A Experiência do Colaborador começa pelo compartilhar. Para criar o futuro é necessário cocriar, pensar junto, não rola mais o “de cima para baixo”.
Ao final, foi a vez de Igor Drudi, da Drin com Técnicas de Inovação, provocar respostas em grupo para? Que bom? Que pena? E Que tal?, Porque como bem lembrei “Inspirar e pensar o futuro são as prerrogativas do Verso & Reverso da Comunicação Interna”.
Que bom?
- Culturas diferentes das empresas nos inspiram
- Dinâmica trouxe o presencial online
- CI se tornou estratégia de negócio mais que a CE no momento de pandemia
- Para aqueles presentes pela 1ª vez, o conteúdo foi na medida, houve troca de informação
- Acessibilidade = grande conquista da pandemia
- Evento aconteceu e o formato permitiu a interação
- CI traz a revalorização do funcionário pela empresa
- Acessibilidade = fruto positivo da pandemia
Que pena?
- O evento ser só online – queremos presencial também!
- Mudança pela dor e resistência pela inteligência emocional
- Relações interpessoais se enfraqueceram, entender o home office
- Tempo de duração curto, passou rápido; ser digital; presencial permite mais network
- Perdeu playboy, quem não participou!
Que tal?
- Colocar o V&R periodicamente em nossa agenda de encontros
- Promover mais de um encontro por ano
- Pensar na saúde física e mental dos colaboradores
- Futuro promissor, menos espaço para demagogia e bla bla bla na comunicação interna
Em nome do GTCI da Abracom e do GTCI , agradeço a todos que estiveram conosco das cidades de Americana – SP, Assis – SP, Brasília – DF, Campinas – SP, Caxias do Sul – RS, Criciúma – SC, Fortaleza- CE, Moreno – PE, Olinda – PE, Paulistana em Curitiba – PR, Pelotas – RS, Porto Alegre – RS, Salvador – BA, São Bernardo do Campo – SP e São Paulo – SP.
Fiquem à vontade para entrar em contato com a gente pelo e-mail: eventos@abracom.org.br
E nos acompanhem nas redes sociais:
Da nossa parte foi um imenso prazer!
Claudia Cezaro Zanuso
Coordenadora do GTCI e sócia da Duecom Comunicação, agência associada
E da parte de vocês…
“Muito bom aprender com tantas boas experiências, e em tempos de pandemia infinita, é também ótimo ter esta oportunidade da Abracom. Obrigada.”
“Encontro fantástico! Parabéns!
“Grata, Igor!! Dinamização fantástica!!”
“Foi maravilhoso! Parabéns aos organizadores do evento e aos palestrantes. Foi inspirador! Por mais eventos como este! ????????”
“Parabéns aos organizadores e aos palestrantes. Que live sensacional!!!”