Por Carlos Henrique Carvalho*
Pense em um mundo de especialistas, cada um no seu quadrado, cada qual em sua caixa. Nesse mundo, a solução dos problemas de uma organização se dá por processos estanques, separados por etapas que não se integram, tal qual uma linha de montagem. Esse é o mundo do século XX, que deixamos para trás quando entramos na era da informação sem limites e sem fronteiras. Por quê a comunicação ficaria presa ao mundo da linha de produção, do trabalho especializado, das estruturas estanques?
A comunicação deve estar na ponta de lança da inovação e do pensamento estratégico. Ela precisa tirar seus profissionais de dentro das caixas. Por isso que, no Brasil e no mundo, a comunicação é uma atividade multidisciplinar, que derruba os muros da especialização e coloca para trabalhar juntos profissionais das mais diversas áreas do conhecimento. Relações públicas, jornalistas, publicitários, profissionais de marketing, arquitetos, advogados, economistas, administradores, antropólogos, sociólogos, psicólogos, médicos, engenheiros se integram em equipes de atendimento.
Tudo junto e misturado, formando o pensamento estratégico que oferece aos clientes das agências de comunicação soluções para suas necessidades de relacionamento com públicos cada vez mais diversos, dispersos e exigentes de informação, diálogo e interação.
Esse é o mundo da comunicação corporativa. Um mundo que valoriza a boa formação profissional, que tem apreço pelos especialistas em comunicação, mas que precisa de um time de múltiplas competências para pensar fora da caixa.
* Carlos Henrique Carvalho é Presidente-Executivo da Associação Brasileira das Agências de Comunicação
Artigo publicado no Anuário Mega Brasil de Comunicação Corporativa 2013